quarta-feira, 8 de junho de 2011

George Gebner

George Gerbner nasceu em Budapeste no ano de 1919. No final dos anos 30, emigrou para os EUA, onde estou periodismo em Berkeley. Iniciou sua carreia como repórter e colunista no San Francisco Chronicle. Concluiu seu doutorado com a tese “Toward a General Theory of Communication”, com a qual recebeu o prêmio extraordinário da Universidade da Califórnia do Sul.
Gerbner teve uma grande atividade docente, que iniciou lecionando telecomunicação na Temple University. Depois, se transferiu para a Annenberg School of Communication da Universidade da Pennsylvania, onde permaneceu entre os anos de 1964 e 1989. Trabalhou como professor em diversas faculdades de várias partes do mundo, entre elas a American de Washington, Illinois, California do Sul, Atenas, Budapest, Salesiano de Roma e American do Cairo.  Ele atuou também como presidente da Comissão Nacional Johnson sobre as Causas e a Prevenção da Violência, em 1968; diretor do “Cultural Indicators”, projeto destinado a medir a violência na TV e seus efeitos sociais; presidente do Cultural Environment Movement (CEM), iniciativa internacional criada em 1991 voltada para o equilíbrio e a diversidade dos meios; diretor do Journal of Communication; presidente do conselho editorial da International Encyclopedia of Communication.
Gerbner é o criador da chamada teoria do cultivo. Em sua teoria ele defende que a televisão socializa, ou cultiva os públicos em uma visão comum do mundo com a implantação de valores comuns, na configuração de espaços descritos por ambientes homogêneos. O teórico se interessa principalmente pelas conseqüências derivadas do consumo naqueles em que predominam os aspectos violentos.
O autor, em sua teoria, analisou empiricamente as audiências e observou a dependência do imaginário individual, do mundo pessoal e dos valores adquiridos através do tipo de programas de consumo habitual. Esses cultivos sobre a psicologia, a percepção e o conhecimento pessoais estão relacionados com a intensidade da exposição ao meio, de maneira que os efeitos na visão de mundo e as conseqüências dessa visão se acentuam nos públicos mais dependentes da TV. Os efeitos são mais evidentes quando o emissor busca um “público objetivo” e cria uma linha narrativa que o atrai, e também por um vetor de “convergência” que se projeta sobre o conjunto da sociedade a partir da visão dos consumidores de TV mais intensos.
Segundo Gerbner, a TV não desenvolve o caráter agressivo ou qualquer outro em um individuo porem a exposição prolongada à TV favorece o desenvolvimento das atitudes violentas, anti-sociais, pessimistas e paranóica. Isso acontece porque o individuo com maior nível de consumo de TV, tende a construir a percepção da realidade através do que lhe é dito pela televisão, e essa percepção é mais pessimista em relação àquela criada por outros indivíduos, segundo o teórico. 

Principais obras
   Mass Media Policies in Changing Cultures (1977);
   Child Abuse: Na Agenda for Action (1980);
   World Communications: A Handbook (1984);
   International Encyclopedia of Communications (1988);
   Violence and Terror in the Media: Na Annotated Bibliography (1988);
   The Information Gap. How Computers and Other New Communication Technologies Affect the Social Distribution of Power (1991);

Nenhum comentário:

Postar um comentário