George Gerbner nasceu em Budapeste no ano de 1919. No final dos anos 30, emigrou para os EUA, onde estou periodismo em Berkeley. Iniciou sua carreia como repórter e colunista no San Francisco Chronicle. Concluiu seu doutorado com a tese “Toward a General Theory of Communication”, com a qual recebeu o prêmio extraordinário da Universidade da Califórnia do Sul.
Gerbner teve uma grande atividade docente, que iniciou lecionando telecomunicação na Temple University. Depois, se transferiu para a Annenberg School of Communication da Universidade da Pennsylvania, onde permaneceu entre os anos de 1964 e 1989. Trabalhou como professor em diversas faculdades de várias partes do mundo, entre elas a American de Washington, Illinois, California do Sul, Atenas, Budapest, Salesiano de Roma e American do Cairo. Ele atuou também como presidente da Comissão Nacional Johnson sobre as Causas e a Prevenção da Violência, em 1968; diretor do “Cultural Indicators”, projeto destinado a medir a violência na TV e seus efeitos sociais; presidente do Cultural Environment Movement (CEM), iniciativa internacional criada em 1991 voltada para o equilíbrio e a diversidade dos meios; diretor do Journal of Communication; presidente do conselho editorial da International Encyclopedia of Communication.
Gerbner é o criador da chamada teoria do cultivo. Em sua teoria ele defende que a televisão socializa, ou cultiva os públicos em uma visão comum do mundo com a implantação de valores comuns, na configuração de espaços descritos por ambientes homogêneos. O teórico se interessa principalmente pelas conseqüências derivadas do consumo naqueles em que predominam os aspectos violentos.
O autor, em sua teoria, analisou empiricamente as audiências e observou a dependência do imaginário individual, do mundo pessoal e dos valores adquiridos através do tipo de programas de consumo habitual. Esses cultivos sobre a psicologia, a percepção e o conhecimento pessoais estão relacionados com a intensidade da exposição ao meio, de maneira que os efeitos na visão de mundo e as conseqüências dessa visão se acentuam nos públicos mais dependentes da TV. Os efeitos são mais evidentes quando o emissor busca um “público objetivo” e cria uma linha narrativa que o atrai, e também por um vetor de “convergência” que se projeta sobre o conjunto da sociedade a partir da visão dos consumidores de TV mais intensos.
Segundo Gerbner, a TV não desenvolve o caráter agressivo ou qualquer outro em um individuo porem a exposição prolongada à TV favorece o desenvolvimento das atitudes violentas, anti-sociais, pessimistas e paranóica. Isso acontece porque o individuo com maior nível de consumo de TV, tende a construir a percepção da realidade através do que lhe é dito pela televisão, e essa percepção é mais pessimista em relação àquela criada por outros indivíduos, segundo o teórico.
Principais obras
Mass Media Policies in Changing Cultures (1977);
Child Abuse: Na Agenda for Action (1980);
World Communications: A Handbook (1984);
International Encyclopedia of Communications (1988);
Violence and Terror in the Media: Na Annotated Bibliography (1988);
The Information Gap. How Computers and Other New Communication Technologies Affect the Social Distribution of Power (1991);
Nenhum comentário:
Postar um comentário